Problemas!

Parei temporariamente, por bloqueio de ideias DESSA historia!
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

continuação... 


Olhei para um dos balcões e pensei nas minhas armas que estariam lá no hospício... Ai! Eu nunca pensei que falaria isso, mas sinto saudades de lá. Na verdade acho que só sinto falta das minhas armas que estão lá. Acho que vou ligar para o Josh e pedir para ele pegar! Isso!
Não... Faz muito tempo que eu não o vejo e não quero falar com ele ainda. Podia até ser meu amigo, mas... Não parece que ele sentiu minha falta como eu sinto a dele... Só de pensar nele, meu coração já da um aperto!
Mas que raiva!
-Aqui está! – ela disse me entregando as minhas armas – Prata pura. E o leque é da melhor madeira, com prata também.
Abri um dos leques com cuidado e vi que parecia um leque normal, sem parecer que tem agulhas mortais ou para fazer dormir. Para mim, eu sempre peço agulhas inofensivas. Não gosto de morte.
-Não são mortais né?
-Nem um pouco! Sabe que eu nunca te daria algo assim! Só com permissões de superiores eu dou. – ela sorriu abertamente – Cada leque custa quarenta, mais uma faca para punho, trinta e uma para coxa trinta e cinco.
-Muito bem. Aqui está. – falei lhe entregando uma nota de cem e uma nota de cinquenta – Fique com o troco.
Sai sem falar mais nada, caminhei para fora da loja e comecei arrumar as armas pelo meu corpo. Caminhei até a bicicleta e pedalei devagar até a casa da Ella, a única não humana que achei lá naquele colégio de humanos...
Toquei a campanhia, mas ninguém atendeu. Toquei e toquei, mas nada.
-Ella, cadê você?! – falei brava no meu celular.
-Eu estava tomando coragem para falar com o Eric!
-Muito bem. – falei e desliguei o meu celular.
Disquei para o Eric e ele rapidamente me atendeu.
-Oi Pan. – ele falou.
-Eric, você vai no baile?
-Não vai dar. Desculpe. Preciso desligar... – falou tenso – Será que a gente pode se encontrar mais tarde na escola?
-Claro... No esconderijo?
-Pode ser.
-Ótimo! Até lá então.
Desliguei e rapidamente comecei a pedalar para a escola. Já estava escurecendo e eu precisava falar com ele... Falar talvez sobre a Ella. Só talvez. Mas eu sinto falta mesmo é das nossas conversas de final de tarde...
Assim que cheguei na escola, fui para o ginásio, em uma porta que levava para a área de fora da escola, onde tem um pequeno gramado.
Mudei minha visão, quase me esquecendo, pois mesmo com a minha visão normal, eu consegui ver no escuro o suficiente.
Eu o vi e assim que começo a correr, paro. Ele estava com ela toda ensangüentada no colo. Uma garota, com cabelo claro, e por um instante, eu jurei ser a Ella... Mas logo pude ver que não era. Suspiro aliviada.
Fui discretamente para um lado que eu podia ver seu rosto, e o da menina.
Ele a encarava furiosamente. Ele era o que o conselho estava procurando?! Não acredito! Era ele! Precisava informar ao conselho. Agora.
Peguei meu celular, e mandei uma mensagem. “Meu melhor amigo é o monstro. Meu melhor amigo é o assassino, é quem nós procuramos. Cometi um deslize, infelizmente. E isso custou mais uma vida. Mais uma vida de uma garota.” Cliquei no botão enviar, que iria direto para o celular do Josh, um dos chefes do sede que era meu tio e da minha tia Clotilde, que era a ex-esposa do meu tio.
-Como você pode fazer isso Eric? – levantei-me do meu esconderijo, com medo passando através do meu corpo, mas ao mesmo tempo, raiva e um sentimento de traição e tristeza... – Eu não consigo acreditar que você é monstro que vem matando as garotas.
-Como... Como você sabe disso?! – ele falou surpreso.
-Sou uma caçadora e você é minha presa. – falei de modo sombrio – E já não me importo com nossa amizade. Achei que podia confiar em ti, mas pelo visto, me enganei, não é? De todas as pessoas... Eu não esperava isso de você. Sempre tão calmo, tão passivo, tão... Legal... Perfeito demais para alguém da nossa idade, não é mesmo? Por que... O conselho vai me matar!
-Não! Não é o que você pensa! – ele disse e vi medo em seus olhos – Juro, sou seu amigo, nunca faria mal a nenhuma mulher. Nunca maltrataria ninguém!
-Não... – falei – Não sei como, mas estou acreditando nisso, não sei como, estou vendo verdades em suas palavras, mas tudo aponta contra você!
-Foi... Foi o meu amigo. Eu tenho protegido ele. – ele disse sincero – Ele está doente. Delirando na verdade. Pensa que vampiros existem... E mata garotas que julgam ser vampira... Mata garotas bonitas, e já tentou te matar diversas vezes, mas eu sempre tenho estado por perto de você... Só que agora ele cismou com sua amiga, a Ella. Ele quer matar ela, pois acha que ela é uma vampira. Ele acredita em bruxaria, vampiros, lobisomens... Acredita em tudo que você possa imaginar e ainda quer matar todos eles! – ele disse, mas se cortou rapidamente como se tivesse caído a ficha – Caçadora? Você é uma caçadora do que?
-De garotas ou garotos que são do submundo que perdem o controle e começa uma matança sem igual, ou algum humano que começa a matar pessoas de lá que é o seu caso. O bom, é que nenhum ser humano sabe disso, graça a você. Só que estão dando falta de algumas meninas, pois seu suposto amigo, também matou humanos. – eu disse.
-Você também acredita nisso?! – ele falou incrédulo e eu assenti.
E percebi. Ele falava a verdade.
-Eric, quem é o seu amigo? Eu acabei de mandar uma mensagem para a sede falando que o assassino era o meu melhor amigo, ou seja, você. Eu tenho que arrumar essa meleca.
-Eu estou conseguindo fazer ele ficar sã agora. Por favor, não faça isso!
-Eric? – ouço uma voz e olho para o lado, vendo um garoto alto e parecia ser forte, e com os meus olhos só humano, não podia vê-lo direito, por isso, mudei minha visão, podendo ver muito melhor, como um animal noturno, mas sabia que se ele enxergasse meus olhos, eles estariam que nem antes... Vermelhos e com um risco preto em cada – Quem é ela? Troce mais uma vampira? Finalmente decidiu trair sua amiga? Aquela por quem se apaixonou? A vampira que evitou que eu matasse?
-Não! – ele praticamente rosnou e eu estranhei. Ele era humano, certo?
-O que isso Eric? – o garoto de cabelo azul escuro, quase preto vem até mim mais perto – Você já viu os olhos dela?
Estreitei meus olhos e levantei a lateral do meu lábio superior... Não pude evitar. Foi instinto. Não sou uma vampira, muito menos um lobisomem.
Sou uma mistura de bruxa com um metamorfo... Mas eles dois, não são qualquer metarmofo e qualquer bruxa. São os mais poderosos pelo que eu sei e eu herdei os melhores dons deles até agora. As visões do meu pai, e a super magia da minha mãe, sem falar das habilidades que eu treinei dês do momento em que nasci.
-Nossa! – ele disse e riu – Acha que pode viver? Você é só...
-Sou uma das que estão te caçando. Eu não sou vampira, nem era essa menina que você matou. Ela era apenas uma criança. – eu disse sem tirar o olhar dele – Você é um monstro!
-Vocês que são! – ele disse furiosamente – Vocês que devem morrer!
-Não. – Eric se levantou do chão, colocando a menina de leve no gramado com tanta delicadeza, que me surpreendeu – Você matou uma criança! Ela devia ter apenas uns onze anos!
-ELA ERA UMA VAMPIRA! – ele grita desesperado – Maldição, você não vê, porque é muito fácil de te influenciar!
-Não, ele não é e olha que eu tentei! –falei – Posso não ser uma vampira, mas mesmo se fosse duvido que uma consiga. Já matei vampiros que perderam o controle... Só um na verdade, pois não gosto de matar, os outros eu dei para o conselho se encarregar e sempre resolvemos da melhor maneira possível, ao contrario de você.
Ele me olhou e percebi que seus olhos já não eram mais humanos.
-Não acredito. – falei e sorri com nojo – Você se abaixou ao nível de falar com o Vitelo? De pedir ajuda a ele? Ou pior, você pediu ajuda a ele para algo e está devendo almas para ele? Na verdade, - falei cortando o rapidamente – você implorou. Ele só vem àqueles que imploram. O que você falou com Vitelo?
-Eu queria vingança. – ele disse – Um vampiro matou meu pai e desde pequeno ouvia minha mãe reclamando dos infelizes. Quando completei 17 anos, procurei por eles, fui atrás de tudo quanto tipo de lojas e achei um livro. O invoquei como mandava. Dei meu sangue para ele. Ele me deu o dele. Eu lhe prometi as almas que matasse. Todas que eu matasse seria dele, se ele não me levasse para o inferno que elas vão, nem um pior, e com isso, nossos sangues se fundiram.
Olhei de olhos arregalados para ele. Vitelo nunca iria fazer isso... A não ser que...
-Quem você prometeu? – falei me acalmando – Quem você prometeu matar?
-Uma vampira.
Ele falou e eu já sabia quem era ela.
-Você matou a Aurélia! – gritei – Seu inútil! Sabe por quanto tempo ela tem fugido dele? Ele a quer não só para prazeres, como para torturá-la por negar-se a ele, considerando que nenhuma mulher se negou a ele, não só por sua beleza, mas por ele ser um demônio! Pior que qualquer vampiro que você possa conhecer!
-Ele não matou a meu pai!
-Aurélia é minha amiga. – falei e senti a fúria da minha mágica fluir para fora do meu corpo.
-Correção, ela era! – ele disse.
Não consegui mais pensar. Só sentia a magia fluir de dentro para fora do meu corpo. E era o pior tipo de magia que podia existir. Era a magia que aprendi a prender durante toda minha infância. Uma tipo de energia mágica, que eu não pude controlar agora.
-Você. Vai. Se. Arrepender. – falei com dificuldade, pois minha mandíbula estava trincada com tanta força, que chegava a doer. Sinto meus pés saírem do chão.
-Pandora! – Eric grita e eu tento prender essa energia, mas é difícil – Pandora! Pare!
-Ela irá morrer! – não consigo enxergar direito através da nevoa que se formou na minha visão, por isso, não sei quem jogou a faca que foi bem abaixo do meu peito, nem quem cortou minha barriga.
Caio no chão e me arranho em diferentes partes do corpo.
Sinto que meu amigos estão chegando.
-Fuja Eric. Fuja. – sussurrei.
-O que? – ele diz.
-Vou terminar de matar ela e então vamos embora. – o amigo dele fala feroz.
Eric se joga em cima do seu amigo, tirando uma faca que se encontrava na sua mão e então eles começam a brigar.
Uso o pouco da consciência que resta em mim e minha mágica, para transportá-los daqui para outro lugar. Não consegui me concentrar só no Eric, por isso tive que mandar os dois... Se o Eric ficasse, iria morrer, apesar de não saber se a faca foi ele que atirou em mim.
O vento sopra contra o meu rosto, uma lagrima escorre por ele e o vento sopra contra meu cabelo, deixando ele para trás do meu rosto. Olho do chão, e vejo pessoas, vindo na minha direção.
Respiro fundo, fecho os olhos tentando ignorar a dor que passava pelo meu corpo. A faca foi tirada e eu arfo com a dor. Não podia aguentar mais. Eu ia morrer. Sabia disso!
-Pan, você não vai morrer! – ouço a voz do meu tio e ele falou com tanta certeza que quase acreditei. Quase.
Gemi de dor e então sinto uma picada na minha veia, mas isso não era nada comprado à dor que sentia. Os arranhões, a faca que foi atirada em baixo do meu peito pelo meu “melhor amigo”... O corte na minha barriga, parecia mais profundo do que realmente era...
Por fim, a escuridão vem e me aconchega em seus braços. Não sentia mais dor, não sentia mais nada, a não ser como se eu estivesse caindo sem parar. Então, tudo para.

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