Problemas!

Parei temporariamente, por bloqueio de ideias DESSA historia!
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quinta-feira, 17 de março de 2011

Capitulo dois - continuação

-Pan! – abro os olhos assustada.
-O que foi Eric?! – falei brava, pois estava com sono e queria realmente dormir.
-Poxa! Você fez alguma coisa... Curou-me.
-É e quando se cura alguém, parte da sua energia vai embora... – falei me lembrando do que ocorreu.
-Sério? – ele disse, mas então logo negou com a cabeça e ficou preocupado – Não importa... O Fred fugiu.
-O Fred é o seu amigo? – perguntei e ele assentiu – COMO ASSIM?! – falei assustada.
-Ele acordou, tentou te matar, eu te protegi e ele disse “por você” e fugiu pela minha janela.
O olhei brava, mas simplesmente o peguei pelo braço e quando ia puxar ele para fora do quarto, parou bruscamente.
-O que foi? – falei.
-Aonde você vai? – ele disse.
-Você e eu vamos ir para o submundo. Temos que contatar algumas pessoas... E algumas coisas que você só saberá no caminho. – falei e assenti enquanto fazia planos mentalmente.
-Não. – ele disse e negou com a cabeça – Não me envolva nisso...
O olhei triste. Fui para mais perto dele e toquei sua bochecha.
-Você próprio se envolveu nisso quando decidiu proteger seu amigo. E eu só quero te proteger agora. Se você ficar, uns amigos meus vão vir atrás de você e te pegar, pois acham que você é meu namorado. – eu sorri torto – Quando falaram eu deixei assim, e foi melhor, pois assim, não sabem que você na verdade é meu melhor amigo... Sem falar do Fred.
-Como assim nós somos namorados?
-Namorados a visão deles. – corrigi.
-Então, quando estivermos na frente deles, vamos ter que fingir ser namorados... – mordeu o lábio e sorriu – Hmmm... Interessante.
Virei os olhos e puxei-o para fora da sua casa pela janela. Olhei para o céu e vi que ainda estava de noite. Ainda bem!
-Que horas são?
-Nove e vinte e cinco. – ele disse e eu assenti.
-Vamos. – caminhei até a caminhonete e abri a porta.
Quando entramos, ele se sentou bem mais perto de mim, considerando que o banco da frente não tem separação, nem o de trás.
Liguei o motor e caminhei nas ruas escuras... Eu teria que trabalhar em um portal para nos levarmos até lá mais rapidamente, mas como? Eu não me lembro...
Sinto a mão do Eric na minha perna e estremeço.
Não faço nada, com medo. Respiro fundo e foco minha atenção na minha lembrança, mas ao mesmo tempo, tenho que prestar atenção na estrada.
-Droga! – falei e bati no volante, mas sem tirar o pé do acelerador.
-O que foi? – ele pergunta e da um leve aperto na minha perna.
-Eu não consigo me lembrar como abrir um portal. – falei – Vou ligar para o Josh.
Peguei meu celular e disquei o numero, pois já sabia de cor.
-Josh? – perguntei.
-Fala Pan. – ele disse.
-Se sabe como abrir um portal para o submundo?
-Só um minuto. – ele disse e pareceu digitar.
-Você está no computador?
-Sim, conversando com o seu pai.
-Meu pai?! – falei brava – Desde quando vocês se comunicam?
-Faz um bom, mas um bom tempo mesmo! – ele disse e riu – Bem, portal... Aqui.
-Seu pai não estava morto? – Eric perguntou.
-Não mor. – disse e lhe sorri com carinho – Desculpa, mas tem muitas coisas que menti para você.
-“Não mor”?! – o Josh fala bravo – Como assim?
-A Josh... Da um tempo vai. – falei – Como?
-O Eric que está ai? – ele perguntou.
-Josh o portal.
-Me responda! É o Eric?
-Não é do seu interesse. – falei – Portal...
-É?! – ele repetiu parecendo mais bravo.
-É! Agora o portal.
-Se você for alguma bruxa poderosa, muito poderosa, saberá como. – ele disse bravo.
-Josh!
-É o que diz aqui poxa. – ele falou – Vou ver se acho algo mais... Bem, aqui diz: “Aonde tu queres ir?”. Só.
-Ótimo! – falei brava.
-Aonde você vai? – ele disse.
-Informações. – falei e suspirei – Tchau.
-Espere! Vai demorar?
-Sim. Preciso encontrar com Vitelo, além do que, mas...
-NÃO! – ele gritou bravo – Você não pode... Quero dizer... ELE...
-Eu vou voltar e cuidar do Eric. – falei – Depois eu vou atrás do Vitelo.
-Muito bem. Sempre o Eric. – sua ultima frase foi apenas um murmúrio bem baixo, mas que eu consegui ouvir muito bem.
Encerrei a ligação e suspirei. Imaginei uma parte do submundo, um estacionamento, na verdade, onde eu poderia ter fácil acesso aos meus queridos e bons informantes.
Sinto um aperto no coração, meus pulmões ardem e minha magia sai praticamente, toda de mim... Praticamente, não totalmente.
E então, eu estou na parte do estacionamento que é uma parte escondida, entre as folhas e que eu sempre usava, para não denunciar minha localização.
-Venha. – falei para o Eric que me olhava assustado.
-Mas...
-Calma. – falei e ele me olhou já bravo.
-EU NÃO SOU UM BEBÊ! NÃO FALE COMIGO COMO SE EU FOSSE! – ele tentou se acalmar, respirando fundo – Eu não... Só não estou tão... Quero dizer, estou acostumado, mas isso está me assustando.
Dei a volta pela caminhonete e abracei-o.
-Você está agindo muito bem para quem acaba de descobrir a verdade. Só que eu sei que você não está pior, pois podemos colocar de uma forma que favoreça seu amigo... Ele meio que te preparou para isso. – afastei-me e segurei seu rosto entre minhas pequenas, mas habilidosas mãos – Tudo vai dar certo.
-Isso é o que mais me irrita! Você querendo sempre me consolar! As pessoas não são assim... Quero dizer, todas que eu conheci até agora, não fariam isso se não quisessem algo em troca...
-Eu quero. – falei – Também estou passando por um momento difícil. Minha melhor amiga, que eu tive pouquíssimo contato durante essa missão, Aurélia, está em apuros, na mão do diabo. Eu tenho que conseguir informações, achar o Vitelo, não invocar ele. Tenho que pegar seu amigo. Tenho que fazer um monte de coisa! Ainda nem sei direito algumas coisas. Algumas coisas ainda estão apagadas da minha cabeça... Mas acima de tudo isso, o que eu mais te peço é que fique seguro.
-Muito bem... Isso já está até estranho! – ele forçou um riso, mas estava muito mais tenso do que eu achei possível.
-Segure na minha cintura com firmeza, ande com confiança. – falei – Não demonstre seu nervosismo, seu medo, nada, além de confiança!
-Por quê? – ele perguntou estranhado.
-Confie em mim... Aliais, não fale nada. Só se comporte como um cara possessivo. Mantenha os homens afastados e não negue nada do que eu falar, tudo bem? – eu disse.
-Claro...
-Você não é humano, mas cheira a um, e se alguém perguntar é por que suas roupas são de um e convive com eles constantemente.
-Eu cheiro a ser humano?
-Sim, assim como testosterona de adolescente masculino. – eu falei e sorri – Mas quem me disse isso, foi a Ella. Ela é bem... Gosta de você.
-Eu sei. – ele disse triste – Mas eu não gosto dela simplesmente. Ela é muito... Ella! Ella é muito atrevida, se mostra de mais... Muito indecente... E tudo mais.
-Quando ela vier falar com você não seja assim. – falei – Com relação ao agora... Exatamente como eu te disse!
Ele assentiu meio inseguro e colocou os braços ao redor da minha cintura. Quando saímos, ele demonstrou confiança, mas como o conhecia bem, sabia que havia incerteza nos seu olhos. Bloqueei sua mente e fomos até um barzinho que ficava do outro lado da rua escura.
Os prédios são escuros, mas o barzinho se destacava nessa rua, já que era marrom e era a única coisa com uma luz amarela por dentro.
-Quem é seu amigo Carlota, minha linda pétala de rosa santa? – viro para o lado e vejo a Guadalupe com um homem ao seu lado – Poderia você, depois desse tempo sumida daqui, ter pegado o jeito?
“Possessivo... Como eu te falei.” eu transmiti a mensagem até a cabeça do Eric.
-Bem... – eu ia falar, mas o Eric me cortou.
-Isso não é do seu interesse. – falou bravo e me olhou com uma sobrancelha levantada – Você não tem que falar nada para eles. Não é da conta deles.
-Claro... – falei surpresa e olhei para ela – Já vai indo?
-Sim Carlota... Mas eu não te devo satisfação, não é mesmo? – ela empinou o nariz, mas logo, nós duas rimos – Tudo bem. Sem informações para mim se assim quiser, mas hum... Que pedaço de mal caminho em!
-Então... – agora eu olhei de verdade para o homem que deveria ser um elfo e que elfo bonito! Com ombros largos, um cabelo cinza e nossa... Aqueles olhos de mel é a coisa mais linda! – Oi.
-Oi. – eu disse
–Está impaciente – disse a Guadalupe – Vamos meu amor.
Ela teve que se inclinar para beijar a ponta do seu nariz e antes de sair pela porta, sorriu de novo para mim.
-O que ela era?! – ele perguntou.
-Uma ninfa. Ela é dos bosques e rios, mas ama vir à cidade e encontrar alguns de seus amantes às vezes. Não gosta de ficar longe de casa por muito tempo...
O cabelo dela dessa vez estava amarrado em um rabo de cavalo, deixando alguns de seus cachos ruivos em pequenas tranças que seria desfeitos essa mesma noite com aquele cara.
-Quantos anos? – ele perguntou.
-Tem 18, a minha idade, se não menos. Lá na escola para mim, era como se eu tivesse repetido, mas na verdade eu sou bem adiantada... Estou fazendo meio que uma faculdade onde eu vivo... Depois te explico.
-Por que ela te chamou de Carlota? – ele perguntou, mesmo sabendo que não era o momento apropriado – Mentiu sobre isso também?!
-Não. – eu falei – Mas meu nome aqui é esse... Apesar de não gostar muito dele.
Assentiu e apertou seu aperto na minha cintura quando viu o bar. Ele estava reformado...
Ainda bem! Era feio e até fedia, mas isso eu acho que era alguns clientes que iam lá. Agora a madeira era pintado de um salmão escuro, com mesas e cadeiras novas de madeira de primeira mão. O chão tinha tabuas marrões enceradas... Sorri. Nunca vi o lugar tão bem limpo antes!
-Nossa... Ficou bonito. – falei.
-Está lotado! – Eric sussurrou no meu ouvido com medo – E com pessoas estranhas...
-Eles não são estranhos. – falei e então olhei para as pessoas, que antes nem havia reparado – Nossa! Está bem lotado isso. Ainda bem! Se não... – nem terminei a frase.
-Se não o que? – ele falou tentando se acalmar.
-Nós iríamos chamar a atenção. Quero dizer, se tem pessoas, mais fácil de achar informações. – dei dois motivos, mas não acho que ele tenha se importado.
-Oh. – ele disse e voltou a ser confiante – Muito bem! Vamos lá.
-Você se recupera rápido. – comentei.
-Tento só não pensar muito no assunto. – sorriu – Então, não me deixe pensar.
Assenti e puxei para dois lugares vagos no balcão.
-Quero duas caipirinhas de kiwi por favor. – falei e sorri ao Bernardo – Especial... Só uma especial.
-Ele não toma? – ele olhou significamente para o Eric.
-Fizemos uma aposta. – sorri maliciosa – Então...
-Claro Carlota. Sempre tudo para você, com ou semautorização... Aliais, você sempre tem autorização. – deu uma piscada e foi para dentro cozinha, preparar o meu especial.
Não mudava nada demais... A não ser que o especial era um pouco mais forte e me deixava mais forte. Humanos não podiam tomar, se não ficavam vomitando durante horas...
-Por que eu não...
-Calado. – sibilei para ele nervosa.
Pensei no Bernardo... Fazia tempo em que não o via. Realmente não mudou muito. Vampiro... Como poderia mudar?
Sorri com o pensamento mas então quando começa uma musica relaxante no bar eu olho na direção e vejo um garoto... Um homem, tocando uma guitarra clássica... O som contra os meus ouvidos foi uma bênção. Fazia tempo que eu não ouvia uma coisa agradável... Não como isso, quero dizer.
-Muito bem... – tomei um pequeno gole da bebida que o Bernardo acabou de colocar bem na minha frente – Obrigada querido...
Sorri e indiquei com a cabeça para que o Eric tomasse. Ele pegou o copo e deslizou seus lábios sobre o copo. Vi o liquido sumir do copo em apenas um gole.
-Uau garoto. Vai com calma, ok? – falei sorrindo.
-É bem gostosa. – ele disse e forçou um sorriso tímido para mim.
“Confiante!” o repreendi mentalmente.
-Por conta da casa, já que é amigo da nossa garota. – Bernardo não parava de sorrir para mim.
-Ok... O que aconteceu? – falei.
-Nada ué! – ele me olhou por cima do balcão – Só parece diferente e muito mais... Sem vergonha de ser o que é e isso me atrai de mais. Sempre soube que você era doce e tudo, mas tinha uma parte em você sedutora, que eu dificilmente vejo.
-É a parte que eu mais tenho que controlar... – sorri olhando para minhas vestimentas.
Eu não usava um top assim aqui. Chamava atenções indesejáveis. Raramente usava esse tipo de roupa.
Suspirei e olhei ao Eric que tomou mais devagar a segundo taça de caipirinha. Tomei um gole devagar, porém demorado. O gostoso gosto da caipirinha desceu pela minha garganta e me fez tremer... Eu comecei a odiar essa missão. Quantas coisas boas que perdi?!
Essa bebida, era a melhor do mundo! Com o que o ingrediente especial que Bernardo colocou para mim... O sabor era tão rico... Olhei para minha taça que se encontrava meio vermelha. Era de kiwi, mas o ingrediente o deixava assim. Um pouco vermelho.
-Vai querer mais um, minha flor? – olhei para cima, através dos meus cílios longos e sobre a taça que estava parada na minha boca.
-Claro. – tomei o resto – Pode ir preparando um bem caprichado, mas antes... Tenho que achar informações.
-Nunca vem aqui por diversão né? – ele me disse agora com seu rosto sombrio.
-O trabalho me impede, por isso sempre me divirto no trabalho.
Pisquei para o Eric.
-Fique aqui amorzinho. – falei fingindo admiração – Eu já volto. Vou ao banheiro. – virei-me para o Bernardo – Cuide dele. Falo a sério. Cuide bem dele, ou eu juro, não sei o que poderei fazer contigo!
-Virei babá agora?! – ele falou bravo, mas quando eu lhe olhei com meus olhos de pidão, de cachorrinho perdido, ele balançou a cabeça – Você não existe! Vai logo, eu cuido do seu cachorro de estimação, pois eu sei o que ele é. A áurea dele entrega... Só que a sorte sua que não tem ninguém aqui como eu, a não ser o novo dono. 


") Continua

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