Problemas!

Parei temporariamente, por bloqueio de ideias DESSA historia!
Quem gostou da minha escrita, visite meu perfil do nyah, onde eu posto mais escritas minhas

domingo, 22 de julho de 2012

Explicações meus lindos!

As explicações estão logo acima. Gostaria de continuar a escrever essa historia. Até tentei me forçar, mas não me agradou o que eu escrevi e eu simplesmente não sabia o que escrever.. Peço perdões, mas assim que tiver ideias, juro que irei começar a escrever e irei postar diretamente aqui!! Desculpe-me sumir sem dar notícias! Tive também alguns problemas pessoais... Mas obrigada desde já e realmente, sinto muito!

domingo, 26 de junho de 2011

'-'

houve um problema e talvez não de para postar hoje... meus pais estão no meu pé pois não posso ficar no pc desde que descobri que tenho epilepsia ... considerando tbm que ontem eu tive uma convulsão em frente ao pc...

bjs .. posto mais se der amanhã.. o mais rápido possível! 

sábado, 25 de junho de 2011

domingo, 20 de março de 2011

Capitulo três;

o inicio


-Josh, por favor, cuide dele. – falei olhando em seus olhos – Foi mordido, mas não acho que se transforme.
-Nem eu. – ele resmungou, deixando claro que não queria cuidar dele – Quem me dere se fosse transformado!
-Josh. Obrigada mesmo. – falei e sorri – Tenho que ir.
-Ei! Aonde você vai?
-Nenhum lugar que você necessite saber. – corri até uma moto e que se encontrava no final da esquina e liguei-a, com a chave do meu tio – Ainda bem que meu tio tem essa moto.
Tudo bem que ele nem seque sabe que eu peguei ela, mas isso não vem ao caso. Agora, nesse instante, eu preciso ir para casa da minha tia e pegar certas coisas.
Assim que cheguei, percebi que todos estavam dormindo, então rapidamente subi para o meu quarto, onde eu separei uma blusa, um short jeans, um vestido que os cobria, sem nem perceber e um, sobretudo.  Pronta, a única coisa exposta era uma parte da bota de cano alto de salto fino, e meu rosto maquiado.
Corri para fora de casa e fui até a moto, onde eu rapidamente coloquei o capacete e corri pela cidade, para logo mentalizar um portal para uma parte do submundo, onde só teria demônios, vampiros e bruxos (as).
Deixei minha moto estacionada perto e então caminhei para uma escada que ia para baixo da terra, e assim que cheguei à porta, um baixinho homem com a pele cinza e barrigudo me barrou.
-Doçura, o que você quer? – ele perguntou sorrindo e eu abaixei até ficar na sua altura, o que foi difícil, considerando que sou alta e ainda mais com as botas.
-Eu quero entrar. Quanto tem que pagar?
-Pandora. – ouço uma voz grossa e viro na direção dela – Quanto tempo.
-Eu te conheço? – perguntei e então ele assente a cabeça.
-Deixe a passar Furdes! – ele colocou seu braço no meu e me levou até o local desejado, onde uma musica de violino soava alta, mas muito relaxante – Então querida quais as novidades?
-Quem é você e desde quando eu te conheço?!
-Sou o primo do Josh. Vimos-nos faz uns três anos, ou dois... Vocês ainda estão namorando?
-Isso te interessa? – falei fazendo uma careta, sem realmente me lembrar dele.
-Se não me interessasse não estaria perguntando, não acha? – ele fala sorrindo – Então se lembrou de mim?
-Não... Realmente, não. Mas em todo caso, obrigada por me ajudar a entrar... Tchau...
-Ei! Espere. Eu te ajudo no que precisar.
-Um minuto, ok?
Sai de perto dele e fui para um local mais silencioso, onde ninguém me ouvia e disquei para o Josh.
-Josh, você tem um primo? – perguntei.
-Oi para você também... Mas sim, tenho. Três na verdade.
-Eu conheci um deles, há uns três anos?
-Sim, acho. Eu lembro que te apresentei para minha família enquanto namorávamos.
-E você já apresentou a sua namorada atual? Pois ele ainda acha que sou eu.
-Não. Todos acham que estamos juntos ainda. – ele fala como se estivesse bravo.
-Aé? Então melhor falar para eles, considerando que já terminamos faz um ano ou dois.
-Faz apenas meio ano.
-Só? Nossa parece bem mais! – falei agora muito mais brava e desliguei o telefone.
É verdade. Pensei enquanto voltava para onde o primo do Josh estava. Eu conheci a família dele toda, até a da madrasta e padrasto, considerando que os seus pais são separados.
-Então... – ele me olha sorrindo – Vocês ainda estão namorando?
-Não. Mas qual o seu nome mesmo?
-Prazer pela segunda vez! Sou o Arthur. Que azar dele. O que você fez, para ele te deixar partir?
-Ele terminou comigo, achando que eu o traia. Só que quando ele quis voltar, eu disse não, então ele correu para os braços de outra garota... – cortei-me rapidamente, pois percebi que estava dando detalhes de mais – Que seja. Se você me der licença.
-Ei. Quem você está procurando, talvez eu possa te ajudar.
-Desculpe, mas...
-Meu primo trabalha nisso também, esqueceu?
-Tudo bem então! – falei estressada – Sabe onde o Vitelo está?!
-Sim. Em uma área vip, claro. Mas lá, nenhum caçador pode entrar. E do jeito em que você está vestida... Bem, está obvio que você não é comum. Talvez eu possa te ajudar, mas com esse visual... Não  rola.
Desabotoei devagar o, sobretudo e então entreguei a ele, para logo soltar meu cabelo e mexer, deixando ele selvagem, mas sabia que estava bonito.
-Assim, dá? – perguntei e ele assentiu
-O se dá! – ele sorriu e me ofereceu o braço.
O peguei e então fomos até uma parte bem afastada de todos e tudo e fomos até uma escada pequena, com um enorme segurança.
-Quem é ela? – ele fala sua voz grossa e medonha, que daria medo em qualquer pessoa.
-Meu banquete de sangue particular. – ele fala e eu me mantenho calma, mesmo estando surpresa por dentro e com vontade de morrer, de vergonha, pois é como se eu fosse uma puta – Podemos.
-Temos regras, você se esqueceu? Prove ela para poder descer! – ele disse – Se não...
Ele deu os ombros e olhou para mim, logo para o meu pescoço.
-Ela não gosta de ser mordida em publico. Por isso íamos para lá Mike.
-Problema!
-Tudo bem. – eu disse e lhe sorri falsa – Só uma mordida mesmo, né mestre?
Ele não perguntou de novo, apenas me mordeu por tempo o suficiente e saiu com a boca suja de sangue, só para mostrar para o segurança, mas logo lambeu os lábios e sorriu.
A dor que eu senti, fiz o possível para não demonstrar, mas minha cara se desfigurou em uma careta, na hora.
-Pode descer, mas Arthur de prazer a ela na próxima vez que for dar o beijo de sangue.
-Pode apostar que sim. – ele fala e sorri para mim, logo me puxa e descemos mais escadas, deixando o cheiro agradável de cima, substituído por algo muito melhor, uma fragrância doce, mas ao mesmo tempo leve e refrescante.
-É tão agradável para você como é para mim? – perguntei.
-Muito melhor. Para entrar aqui tem que ter dinheiro, ou conhecer o dono, pois não é em todo lugar que é assim. – ele cheirou profundamente e então me olhou – Hoje é um dia de festa lá em baixo. Vitelo está dando a festa. Comemorando que finalmente conseguiu a mulher que ele fala que ama para mim, pelo menos.
-Ele não ama a Aurélia! Ele não ama a ninguém! – respondi, mas então fiquei quieta- Só vamos logo. Eu tenho que pegar ele, ou fugir com a Aurélia.
-Ele não é mal... Bem, ele é, mas ama a Aurélia e você vai ver. Ela vai estar perfeita.
Quando entramos, a sala era clara o suficiente, com alguns humanos separados, e vi que alguns os pegavam como se fossem comida.
-Ei, Arthur, trouxe sua própria comida? – olhei para o lado calada e vi o Lucas – Você?
-Calado. – disse Arthur – Você sabe que eu não gosto de comer coisas que não são tão seguras.
-Uhumm... Muito bem então. – ele disse e então sorriu para mim – Como parou aqui?
-Como você parou aqui? – falei sorrindo, para parecer feliz, apesar de não estar.
-Meu amigo Arthur me convidou.
-A sim... – respondi e lhe sorri.......

Continua ")

Parte final

-Carlota. – ouço a voz do dono do bar e estremeço – Solte-a e venha aqui.
Fiz ela virar e dei um chute na sua bunda que fez ela cair no chão entre a multidão que se juntou ao nosso redor.
Caminhei até o dono e lhe sorri forçado.
-Sim? – falei.
-O seu amigo precisa mais da sua ajuda, não acha?
Corri para onde o Eric se encontrava e segurei-o, tentando levá-lo para fora do bar.
-Eu te ajudo. – Lucas vem até mim e segura o Eric e o leva até o meu carro.
Seguro a respiração.
-Espero que aquela... Coisa não o tenha transformado, se não, não falo por mim. – falei e coloquei minha mão sobre a ferida e usei novamente minha magia.
Não usei tudo, pois se não iria desmaiar de novo. Quando senti que ele ficaria bem, tirei minha mão de cima e olhei para cima, para o Lucas que me encarava bravo.
-Quem e o que você é? – ele falou.
-Só uma garota que gosta de novidades. – falei e sorri – Ninguém para você. E claro, você não me viu hoje.
-Como é que é?! – ele disse – Eu sei que eu não sei nada de você. Eu sempre sei de tudo... Pelo menos um pouco!
-Você sabe como eu sou. Agora preciso ir.
-E eu preciso de respostas! – ele disse e eu neguei.
-Não.
-Pela nossa amizade... Ela é pelo menos real?
-Claro. Agora reparo que praticamente toda minha vida é uma mentira... – fechei os olhos e comentei séria – Pelo menos, parte dela... Mas afinal, que sou?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Capitulo dois - continuação²

-Quem é o novo dono?! – perguntei alarmada – Por que não me disse isso antes?!
-Não é tão importante. É o melhor amigo do ex dono daqui, então não fez nada a não ser reformar e aumentar isso aqui. Tirando isso, tudo continua igual... Alguns clientes mudaram, mas nenhum que você precisasse.
-Quem é o novo dono? – repeti com os dentes trincados.
-Aquele que está tocando.
Assenti e caminhei entre a multidão, que algumas pessoas se encontravam em pé, ocupando boa parte do bar, porém outras estavam sentadas, o que facilitou muito, mas mesmo assim é complicado.
Quando cheguei, fui diretamente atrás do pequeno palco, onde esperei escondida atrás da cortina azul marinho, paciente a musica acabar, o que não demorou muito.
Ele se curvou quando recebeu aplausos e veio até mim, com uma cara séria.
-Percebi que esperava por mim. – ele disse e seu rosto não se encontrava tão pacifico, gracioso como antes, quando tocava a musica – Fale o que quer garota.
-Ei! Não sou garota. – falei sem poder me conter...
Aonde foi para o jeito discreto de trabalhar? Repreendi-me.
-Desculpe-me. – falei – Dia exaustivo. Eu tenho que ter informações... O antigo dono sempre me permitiu fazer uma varredura...
-Tudo bem. – ele disse – Só se você for a Carlota.
-Eu sou. – disse apressando-me – E preciso de informações cruciais...
-Como por exemplo?
-Não é da sua conta meu caro. Eu tenho que simplesmente fazer meu trabalho. – falei de modo frio.
-Claro que tem – ele disse se se encostando à parede de madeira contraria – Você vai fazer pesquisas no meu bar. Tenho que saber o que, sem falar que eu posso ajudar muito.
-Você é igualzinho ao antigo dono.
-Ele me ensinou algumas coisas... Especialmente como lidar com você. – ele disse e pela primeira vez o vi sorrir para mim e isso fez meu coração pulsar mais forte – Falou que você vinha muito aqui, mas depois de alguns meses aqui, sem você vir... Achei que tinha ficado com azar e iria ficar sem conhecer a tão famosa Carlota... Ou seria Pan...
-CALADO! – enfureci-me e meus olhos adquiriram um tom que descobri que era vinho escuro, tive certeza – Não se atreva. Como descobriu?
-Tenho meus informantes. – seu olhar me encarava convencido, mas ao mesmo tempo impressionado – Só em você consigo ver como esses olhos podem ser belos. Olhos reveladores do que a alma sente... Falam que ele fica dessa cor quando o metarmofo quando fica um pouco irritado, ou com outras emoções. – se inclinou para mais perto – Está nervosa comigo? Melhor não ficar.
-Eu não demonstro tanto quanto eu sinto nos meus olhos – sorri – Sou uma boa atriz e consigo me controlar.
Fechei os olhos, mas apenas usei uma magia forte o suficiente quando eu não consegui me concentrar para deixar minhas emoções estáveis.
-Viu? – falei e sorri orgulhosa para ele, pois sabia que ele não podia ver além da minha mágica.
-Realmente, mas eu percebi que usou mágica... Simplesmente a senti no ar. – ele me olhou com uma sobrancelha levantada – Só que não a sinto mais.
-Oh... – coloquei um dedo no meio da minha testa – Tenho que me concentrar mais.
-Com certeza. – ele me olhou e sorriu, como se zombasse de mim.
-Olhe aqui! – comecei a ficar irritada, mas suspirei.
Tinha que me focar. Acalmar-me. Pensar. Não agir por impulsos.
-Desculpe, mas tenho uma missão.
-Qual?
-Encontrar Vitelo. – falei – Matar um humano maníaco, salvar minha amiga... E lembrar o resto da minha memória.
-Perdeu a memória?!
Revirei os olhos e sai para ir ao meio da multidão.
Avistei um cara que sabia que sempre é muito bem informado.
-Lucas. – sorri e puxei-o para longe de seus amigos, para uma dança – Que saudades.
-Cuidado... – ele disse me apertando contra ele – Tenho admiradoras... Apesar de preferir você... O que aconteceu que você sumiu?
-Uma missão. – falei e lhe sorri – Quero informações.
-E eu um beijo. – ele disse e sorriu, mostrando ter um belo sorriso – O ultimo, não foi tão proveitoso assim... Deixou-me querendo mais.
-Não tenho culpa... – sorri maliciosa – Se consigo te fazer girar...
No dia em que havia beijado ele, eu estava meio bêbada, pois tinha virado muitas.
-Querida, você está me devendo. – ele disse agora sério.
-Tudo bem. Sorria e...
-Como sempre. – ele disse e nós começamos a sussurrar um no ouvido do outro.
Ele teve que se abaixar para encostar seu rosto no meu pescoço enquanto falava e eu tive que levantar.
-Vitelo. Sabe alguma coisa? – eu disse e ele pareceu sorrir mais amplamente.
-Meus amigos e eu estávamos falando sobre isso agora a pouco. Vitelo está com uma garota... Vampira eu acho.
-Aurélia... Continue.
-Sério? Nossa. Bem, como ia dizendo... Ele está por perto daqui mas ninguém sabe realmente aonde se encontra. Alguns viram, ele por aqui e nós estávamos discutindo mais informações... Quer voltar lá? – ele perguntou e eu me afastei dele.
-Claro. – o puxei delicadamente até seu grupo e me segurei pela sua cintura – Olá garotos.
Os quatros homens me olharam e logo em seguida para o Lucas.
-O que? – ele disse – Só diversão...
-A não seja modesto. – falei – Já nos conhecemos há um tempo.
-Claro! – ele disse e puxou meu queixo e me beijou forte – Fazia tempo que não nos víamos, né?
-Não aqui... – falei e olhei para os outros – Eu estou acompanhada.
-Dois caras? – um deles falou se referindo ao Eric e outro ao Lucas e eu assenti.
-Só queria dar um oi. – falei e olhei ao Lucas – Mas ele não.
-Desculpe, eu não sabia que você estava acompanhada. – Lucas disse e eu levantei uma sobrancelha, querendo mais informações sobre Vitelo – Vocês não sabem onde o Vitelo está não? – ele voltou atenção para os outros e eles negaram.
-Mas como ele tem um novo humano como bichinho de estimação, que fez um pacto com ele... – um alto e moreno disse – Vai estar por perto.
-E ela? – outro, parecendo o mais velho deles disse – O que ela está fazendo aqui?
-Só acompanhando um pouco meu amigo. – disse e me apertei contra o Lucas que me puxou para ficar na sua frente – Por quê? Se tiver algum problema, eu saio.
-Não. Sem falar, que Vitelo até saiu na TV esses dias.
-Então... – olhei para o bar e vi o Eric acompanhado por uma mulher – Se vocês me dão licença. – falei me odiando ter que perder mais informações – Depois nos vemos querido – eu falei para o Lucas e o beijei na bochecha, entrando no papel de mocinha boazinha.
Fui até o bar correndo, mas já era tarde demais. Ela estava com seus dentes ficados no pescoço do Eric.
-Sua maldita! – gritei e puxei-a de perto do Eric que se encontrava tonto – Não se atreva a tocar nele.
-ELE É MEU! – ela disse e eu engasguei.
-Vai arrumar outro.
Olhei com ódio, meus olhos já não deviam estar mais azuis, mas sim em um tom meio vinho meio vermelho escuro que devia entregar minhas emoções raivosas, melhor dizendo emoções que seriam fortes... Como nunca tinha ficado com raiva ou qualquer outra emoção tão forte como agora, não tinha certeza, mas como meu pai já tinha ficado assim, suponho que seja essa cor.
-Saia daqui. – falei brava – Ele não é seu.
-É. – ela disse – Quem é você que sai de perto de um homem?
-Carlota... Seus olhos! – olho para trás e vejo o Lucas – Se contenha.
Respirei fundo e com minha magia, a segurei pelo pescoço.
-Saia daqui. – falei.
-Me solte. – ela disse.
Soltei-a, mas invés de ir embora veio para cima de mim, e eu rapidamente agi, pegando uma das facas de prata pura, colocando contra seu pescoço e ao mesmo tempo a outra atrás, impedindo dela sair. Sua pele rapidamente queimou ao contato.
-Sua vaca! – ela gritou – Me solte!
Sabia que meus olhos já voltaram ao normal, pois usei magia para esconder.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Capitulo dois - continuação

-Pan! – abro os olhos assustada.
-O que foi Eric?! – falei brava, pois estava com sono e queria realmente dormir.
-Poxa! Você fez alguma coisa... Curou-me.
-É e quando se cura alguém, parte da sua energia vai embora... – falei me lembrando do que ocorreu.
-Sério? – ele disse, mas então logo negou com a cabeça e ficou preocupado – Não importa... O Fred fugiu.
-O Fred é o seu amigo? – perguntei e ele assentiu – COMO ASSIM?! – falei assustada.
-Ele acordou, tentou te matar, eu te protegi e ele disse “por você” e fugiu pela minha janela.
O olhei brava, mas simplesmente o peguei pelo braço e quando ia puxar ele para fora do quarto, parou bruscamente.
-O que foi? – falei.
-Aonde você vai? – ele disse.
-Você e eu vamos ir para o submundo. Temos que contatar algumas pessoas... E algumas coisas que você só saberá no caminho. – falei e assenti enquanto fazia planos mentalmente.
-Não. – ele disse e negou com a cabeça – Não me envolva nisso...
O olhei triste. Fui para mais perto dele e toquei sua bochecha.
-Você próprio se envolveu nisso quando decidiu proteger seu amigo. E eu só quero te proteger agora. Se você ficar, uns amigos meus vão vir atrás de você e te pegar, pois acham que você é meu namorado. – eu sorri torto – Quando falaram eu deixei assim, e foi melhor, pois assim, não sabem que você na verdade é meu melhor amigo... Sem falar do Fred.
-Como assim nós somos namorados?
-Namorados a visão deles. – corrigi.
-Então, quando estivermos na frente deles, vamos ter que fingir ser namorados... – mordeu o lábio e sorriu – Hmmm... Interessante.
Virei os olhos e puxei-o para fora da sua casa pela janela. Olhei para o céu e vi que ainda estava de noite. Ainda bem!
-Que horas são?
-Nove e vinte e cinco. – ele disse e eu assenti.
-Vamos. – caminhei até a caminhonete e abri a porta.
Quando entramos, ele se sentou bem mais perto de mim, considerando que o banco da frente não tem separação, nem o de trás.
Liguei o motor e caminhei nas ruas escuras... Eu teria que trabalhar em um portal para nos levarmos até lá mais rapidamente, mas como? Eu não me lembro...
Sinto a mão do Eric na minha perna e estremeço.
Não faço nada, com medo. Respiro fundo e foco minha atenção na minha lembrança, mas ao mesmo tempo, tenho que prestar atenção na estrada.
-Droga! – falei e bati no volante, mas sem tirar o pé do acelerador.
-O que foi? – ele pergunta e da um leve aperto na minha perna.
-Eu não consigo me lembrar como abrir um portal. – falei – Vou ligar para o Josh.
Peguei meu celular e disquei o numero, pois já sabia de cor.
-Josh? – perguntei.
-Fala Pan. – ele disse.
-Se sabe como abrir um portal para o submundo?
-Só um minuto. – ele disse e pareceu digitar.
-Você está no computador?
-Sim, conversando com o seu pai.
-Meu pai?! – falei brava – Desde quando vocês se comunicam?
-Faz um bom, mas um bom tempo mesmo! – ele disse e riu – Bem, portal... Aqui.
-Seu pai não estava morto? – Eric perguntou.
-Não mor. – disse e lhe sorri com carinho – Desculpa, mas tem muitas coisas que menti para você.
-“Não mor”?! – o Josh fala bravo – Como assim?
-A Josh... Da um tempo vai. – falei – Como?
-O Eric que está ai? – ele perguntou.
-Josh o portal.
-Me responda! É o Eric?
-Não é do seu interesse. – falei – Portal...
-É?! – ele repetiu parecendo mais bravo.
-É! Agora o portal.
-Se você for alguma bruxa poderosa, muito poderosa, saberá como. – ele disse bravo.
-Josh!
-É o que diz aqui poxa. – ele falou – Vou ver se acho algo mais... Bem, aqui diz: “Aonde tu queres ir?”. Só.
-Ótimo! – falei brava.
-Aonde você vai? – ele disse.
-Informações. – falei e suspirei – Tchau.
-Espere! Vai demorar?
-Sim. Preciso encontrar com Vitelo, além do que, mas...
-NÃO! – ele gritou bravo – Você não pode... Quero dizer... ELE...
-Eu vou voltar e cuidar do Eric. – falei – Depois eu vou atrás do Vitelo.
-Muito bem. Sempre o Eric. – sua ultima frase foi apenas um murmúrio bem baixo, mas que eu consegui ouvir muito bem.
Encerrei a ligação e suspirei. Imaginei uma parte do submundo, um estacionamento, na verdade, onde eu poderia ter fácil acesso aos meus queridos e bons informantes.
Sinto um aperto no coração, meus pulmões ardem e minha magia sai praticamente, toda de mim... Praticamente, não totalmente.
E então, eu estou na parte do estacionamento que é uma parte escondida, entre as folhas e que eu sempre usava, para não denunciar minha localização.
-Venha. – falei para o Eric que me olhava assustado.
-Mas...
-Calma. – falei e ele me olhou já bravo.
-EU NÃO SOU UM BEBÊ! NÃO FALE COMIGO COMO SE EU FOSSE! – ele tentou se acalmar, respirando fundo – Eu não... Só não estou tão... Quero dizer, estou acostumado, mas isso está me assustando.
Dei a volta pela caminhonete e abracei-o.
-Você está agindo muito bem para quem acaba de descobrir a verdade. Só que eu sei que você não está pior, pois podemos colocar de uma forma que favoreça seu amigo... Ele meio que te preparou para isso. – afastei-me e segurei seu rosto entre minhas pequenas, mas habilidosas mãos – Tudo vai dar certo.
-Isso é o que mais me irrita! Você querendo sempre me consolar! As pessoas não são assim... Quero dizer, todas que eu conheci até agora, não fariam isso se não quisessem algo em troca...
-Eu quero. – falei – Também estou passando por um momento difícil. Minha melhor amiga, que eu tive pouquíssimo contato durante essa missão, Aurélia, está em apuros, na mão do diabo. Eu tenho que conseguir informações, achar o Vitelo, não invocar ele. Tenho que pegar seu amigo. Tenho que fazer um monte de coisa! Ainda nem sei direito algumas coisas. Algumas coisas ainda estão apagadas da minha cabeça... Mas acima de tudo isso, o que eu mais te peço é que fique seguro.
-Muito bem... Isso já está até estranho! – ele forçou um riso, mas estava muito mais tenso do que eu achei possível.
-Segure na minha cintura com firmeza, ande com confiança. – falei – Não demonstre seu nervosismo, seu medo, nada, além de confiança!
-Por quê? – ele perguntou estranhado.
-Confie em mim... Aliais, não fale nada. Só se comporte como um cara possessivo. Mantenha os homens afastados e não negue nada do que eu falar, tudo bem? – eu disse.
-Claro...
-Você não é humano, mas cheira a um, e se alguém perguntar é por que suas roupas são de um e convive com eles constantemente.
-Eu cheiro a ser humano?
-Sim, assim como testosterona de adolescente masculino. – eu falei e sorri – Mas quem me disse isso, foi a Ella. Ela é bem... Gosta de você.
-Eu sei. – ele disse triste – Mas eu não gosto dela simplesmente. Ela é muito... Ella! Ella é muito atrevida, se mostra de mais... Muito indecente... E tudo mais.
-Quando ela vier falar com você não seja assim. – falei – Com relação ao agora... Exatamente como eu te disse!
Ele assentiu meio inseguro e colocou os braços ao redor da minha cintura. Quando saímos, ele demonstrou confiança, mas como o conhecia bem, sabia que havia incerteza nos seu olhos. Bloqueei sua mente e fomos até um barzinho que ficava do outro lado da rua escura.
Os prédios são escuros, mas o barzinho se destacava nessa rua, já que era marrom e era a única coisa com uma luz amarela por dentro.
-Quem é seu amigo Carlota, minha linda pétala de rosa santa? – viro para o lado e vejo a Guadalupe com um homem ao seu lado – Poderia você, depois desse tempo sumida daqui, ter pegado o jeito?
“Possessivo... Como eu te falei.” eu transmiti a mensagem até a cabeça do Eric.
-Bem... – eu ia falar, mas o Eric me cortou.
-Isso não é do seu interesse. – falou bravo e me olhou com uma sobrancelha levantada – Você não tem que falar nada para eles. Não é da conta deles.
-Claro... – falei surpresa e olhei para ela – Já vai indo?
-Sim Carlota... Mas eu não te devo satisfação, não é mesmo? – ela empinou o nariz, mas logo, nós duas rimos – Tudo bem. Sem informações para mim se assim quiser, mas hum... Que pedaço de mal caminho em!
-Então... – agora eu olhei de verdade para o homem que deveria ser um elfo e que elfo bonito! Com ombros largos, um cabelo cinza e nossa... Aqueles olhos de mel é a coisa mais linda! – Oi.
-Oi. – eu disse
–Está impaciente – disse a Guadalupe – Vamos meu amor.
Ela teve que se inclinar para beijar a ponta do seu nariz e antes de sair pela porta, sorriu de novo para mim.
-O que ela era?! – ele perguntou.
-Uma ninfa. Ela é dos bosques e rios, mas ama vir à cidade e encontrar alguns de seus amantes às vezes. Não gosta de ficar longe de casa por muito tempo...
O cabelo dela dessa vez estava amarrado em um rabo de cavalo, deixando alguns de seus cachos ruivos em pequenas tranças que seria desfeitos essa mesma noite com aquele cara.
-Quantos anos? – ele perguntou.
-Tem 18, a minha idade, se não menos. Lá na escola para mim, era como se eu tivesse repetido, mas na verdade eu sou bem adiantada... Estou fazendo meio que uma faculdade onde eu vivo... Depois te explico.
-Por que ela te chamou de Carlota? – ele perguntou, mesmo sabendo que não era o momento apropriado – Mentiu sobre isso também?!
-Não. – eu falei – Mas meu nome aqui é esse... Apesar de não gostar muito dele.
Assentiu e apertou seu aperto na minha cintura quando viu o bar. Ele estava reformado...
Ainda bem! Era feio e até fedia, mas isso eu acho que era alguns clientes que iam lá. Agora a madeira era pintado de um salmão escuro, com mesas e cadeiras novas de madeira de primeira mão. O chão tinha tabuas marrões enceradas... Sorri. Nunca vi o lugar tão bem limpo antes!
-Nossa... Ficou bonito. – falei.
-Está lotado! – Eric sussurrou no meu ouvido com medo – E com pessoas estranhas...
-Eles não são estranhos. – falei e então olhei para as pessoas, que antes nem havia reparado – Nossa! Está bem lotado isso. Ainda bem! Se não... – nem terminei a frase.
-Se não o que? – ele falou tentando se acalmar.
-Nós iríamos chamar a atenção. Quero dizer, se tem pessoas, mais fácil de achar informações. – dei dois motivos, mas não acho que ele tenha se importado.
-Oh. – ele disse e voltou a ser confiante – Muito bem! Vamos lá.
-Você se recupera rápido. – comentei.
-Tento só não pensar muito no assunto. – sorriu – Então, não me deixe pensar.
Assenti e puxei para dois lugares vagos no balcão.
-Quero duas caipirinhas de kiwi por favor. – falei e sorri ao Bernardo – Especial... Só uma especial.
-Ele não toma? – ele olhou significamente para o Eric.
-Fizemos uma aposta. – sorri maliciosa – Então...
-Claro Carlota. Sempre tudo para você, com ou semautorização... Aliais, você sempre tem autorização. – deu uma piscada e foi para dentro cozinha, preparar o meu especial.
Não mudava nada demais... A não ser que o especial era um pouco mais forte e me deixava mais forte. Humanos não podiam tomar, se não ficavam vomitando durante horas...
-Por que eu não...
-Calado. – sibilei para ele nervosa.
Pensei no Bernardo... Fazia tempo em que não o via. Realmente não mudou muito. Vampiro... Como poderia mudar?
Sorri com o pensamento mas então quando começa uma musica relaxante no bar eu olho na direção e vejo um garoto... Um homem, tocando uma guitarra clássica... O som contra os meus ouvidos foi uma bênção. Fazia tempo que eu não ouvia uma coisa agradável... Não como isso, quero dizer.
-Muito bem... – tomei um pequeno gole da bebida que o Bernardo acabou de colocar bem na minha frente – Obrigada querido...
Sorri e indiquei com a cabeça para que o Eric tomasse. Ele pegou o copo e deslizou seus lábios sobre o copo. Vi o liquido sumir do copo em apenas um gole.
-Uau garoto. Vai com calma, ok? – falei sorrindo.
-É bem gostosa. – ele disse e forçou um sorriso tímido para mim.
“Confiante!” o repreendi mentalmente.
-Por conta da casa, já que é amigo da nossa garota. – Bernardo não parava de sorrir para mim.
-Ok... O que aconteceu? – falei.
-Nada ué! – ele me olhou por cima do balcão – Só parece diferente e muito mais... Sem vergonha de ser o que é e isso me atrai de mais. Sempre soube que você era doce e tudo, mas tinha uma parte em você sedutora, que eu dificilmente vejo.
-É a parte que eu mais tenho que controlar... – sorri olhando para minhas vestimentas.
Eu não usava um top assim aqui. Chamava atenções indesejáveis. Raramente usava esse tipo de roupa.
Suspirei e olhei ao Eric que tomou mais devagar a segundo taça de caipirinha. Tomei um gole devagar, porém demorado. O gostoso gosto da caipirinha desceu pela minha garganta e me fez tremer... Eu comecei a odiar essa missão. Quantas coisas boas que perdi?!
Essa bebida, era a melhor do mundo! Com o que o ingrediente especial que Bernardo colocou para mim... O sabor era tão rico... Olhei para minha taça que se encontrava meio vermelha. Era de kiwi, mas o ingrediente o deixava assim. Um pouco vermelho.
-Vai querer mais um, minha flor? – olhei para cima, através dos meus cílios longos e sobre a taça que estava parada na minha boca.
-Claro. – tomei o resto – Pode ir preparando um bem caprichado, mas antes... Tenho que achar informações.
-Nunca vem aqui por diversão né? – ele me disse agora com seu rosto sombrio.
-O trabalho me impede, por isso sempre me divirto no trabalho.
Pisquei para o Eric.
-Fique aqui amorzinho. – falei fingindo admiração – Eu já volto. Vou ao banheiro. – virei-me para o Bernardo – Cuide dele. Falo a sério. Cuide bem dele, ou eu juro, não sei o que poderei fazer contigo!
-Virei babá agora?! – ele falou bravo, mas quando eu lhe olhei com meus olhos de pidão, de cachorrinho perdido, ele balançou a cabeça – Você não existe! Vai logo, eu cuido do seu cachorro de estimação, pois eu sei o que ele é. A áurea dele entrega... Só que a sorte sua que não tem ninguém aqui como eu, a não ser o novo dono. 


") Continua

terça-feira, 15 de março de 2011

Capitulo dois, parte um

Capitulo Dois


Abri os olhos, tonta. Nossa! Bem que o Eric podia ter pegado leve, né?! Não precisava me enfiar uma faca em baixo do peito! Muito menos, cortar minha barriga, apesar de que o amigo dele, o verdadeiro monstro da historia, que poderia muito bem ter sido ele, só que não tenho certeza ainda.
Vamos ver... Eu estava em uma missão, em uma escola, deveria descobrir quem era o monstro, que na verdade era um garoto que estava matando garotas daquela escola, e despedaçando elas... Oh droga! Como eu odeio o Eric por se meter nessa! Eu realmente gosto dele! Fazia tempo que eu não tinha um bom amigo! Fazia anos! Oh, ele não devia ter feito isso... Não devia ter se intrometido nisso.
Se eu soubesse antes que ele não era o monstro, nunca teria avisado ao conselho. Agora, eles iam ter que cortar a cabeça dele, se antes, eu não chegasse a ele.
Levantei-me rapidamente da cama e puxando o tapete do chão de cimento, usei um pouco de mágica e abri um buraco que era tampado por cimento e peguei duas facas que ficariam escondidas nas mangas compridas e largas de uma blusa que era um top. Peguei uma mini faca, colocando no meu calcanhar, e uma arma que colocaria na lateral da minha cintura, por cima da minha calça.
Fui até o armário e peguei o top preto de manga comprida e largo, e a calça que era larga, com tecido macio, que eu comprei recentemente. Junto peguei uma bota preta; de salto alto e bico fino, que se encontrava bem no fundo do armário.
Pronta, meu cabelo estava amarrado em um coque e com a franja puxada para cima, pois estava oleosa. Passei um lápis, destacando os meus olhos azuis.
Comecei a andar pelo hospício discretamente, sem querer chamar atenção. Ninguém sabia que o meu melhor amigo, era o meu suposto namorado. Não acredito... Eric, por que você tinha que estar na cena do crime da menina, cheio de sangue?!
-Pandora? – olho para trás e vejo o Josh e suspiro.
-Não me chame assim! – falei frustrada – Você sabe que isso me irrita.
-Tudo bem. – ele disse e me olhou de cima abaixo – Se lembrou?
-Não. – falei sarcasticamente – Estou pronta para ir buscar informações por que estou com minhas memórias apagadas! E esqueça de tudo que aconteceu quando estive sem memória! Eu me sentia tão inocente... E nunca corei. – falei e dei um tapinha carinhoso em seu rosto.
-Você é inocente.
-Só o suficiente. – retruquei – Na verdade, nem um pouco.
-Pelo que eu me lembre de você...
-Só que você se esqueceu? Eu sumi por meses naquela escola. O que você sabe? O telefone do meu amigo... Como que a Laura conseguiu? Sem falar que eu que não sei por que a Laura diz que é meu namorado. Nem se quer, como ela conseguiu o celular.
-É... Eu disse. – ele falou coçando a nunca, como se estivesse envergonhado – Ela vivia falando que eu só falava de você, que eu gosto de você... Claro que eu gosto de você. Você é uma grande amiga poxa! Ai eu inventei que... Bem, você está namorando com o Eric.
-Ele não é meu melhor amigo.
-Não. Para todos, ele é só seu namorado. – ele disse estranhado.
-Não fale nada com ninguém! Pelo amor de todos os deuses! – eu falei – Minha missão depende disso! Estou lhe implorando!
-Ele não é seu namorado? Eu sei que eu inventei, mas o jeito de vocês dois agirem... Temi estar certo...
-Vocês acham que ele é? – perguntei.
-Bem, depois de a Laura comentar com todos, mandaram espiões para verificar, e o jeito de ele agir contigo, não era mais do que como um namorado. E eles querem saber quem é o seu melhor amigo. – ele disse sério – Mas ele não é seu namorado?
-Claro que não! – falei séria – Ele é que é meu melhor amigo, mas descobri quem é o assassino. E não é ele.
-Pando...
-Calado. – falei – Apesar de ter um tio no conselho, não quer dizer que eu siga as regras deles. Muito pelo contrario. – sorri – E então, não espere minha colaboração.
-Você mudou. – ele disse simplesmente.
-Eu não mudei. – falei – Eu só estou agindo da forma que sou. Não gosto de ser a menina calada e sem opinião que eu era. A minha verdadeira veio à tona. Se não gostou, não posso fazer nada. Agora eu preciso ir e você precisa ficar quieto. Você nunca me viu. Eu vou bloquear sua mente para eles não entrarem na sua mente e descobrirem. Fiquei mais poderosa e habilidosa... Perdendo a memória, a barreira que minha mamis colocou acabou! – sorri – Você saberá, mas eles não... A não ser que você conte. – fiquei séria e coloquei um dedo na sua testa, firme, pressionado com um pouco de força – Está feito.
Falei e olhei mais uma vez para ele, antes de sair e vi que ele ficava com uma cara de confuso, então cai no chão...
Pisco devagar, e sinto uma lagrima escapar pelos meus olhos. Enxugo-a e viro antes de começar a andar novamente. Tudo o que aconteceu entre o Josh e eu, já acabou e eu não posso fazer mais nada com relação a isso, considerando que ele está namorando com a Laura. Ai... Como ela é falsa! Como ele pode... Como ela pode?! Um dia desses, pensei que fossemos amigas, mas hoje, eu sei que ela sempre quis tirar o Josh de mim... Pelo visto, conseguiu. Agora tem o que quer.
Se concentre Pan! O Eric pode estar em perigo, e você aqui sonhando com a volta do Josh para você! Mas eu nunca iria voltar com ele, depois do que ele me fez.
Comecei a correr, indo direto para fora do hospício e indo para a caminhonete do meu tio, que se encontrava a algumas quadras do hospício... Por mais que não fosse um hospício, parecia um... Na verdade, aqui era por exemplo um local para jovens ficarem durante um tempo... Como uma casa, só que só para jovens, com cinco adultos cuidando. Alguns eram humanos, e nem se quer sabiam o que realmente era essa mansão, projetada para proteger contra qualquer mal do mundo de lá fora.
Para sair do hospício, tive que usar magia, obvio! Ligando a caminhonete, fui até a casa do Eric, onde o tinha mandado.
Entrei pela janela do seu quarto, como tinha feito uma vez, quando tivemos que fazer um trabalho e a mãe dele o tinha posto de castigo.
-Eric? – perguntei para a escuridão e então, mudo minha visão – Eric...
Olho para um lado, onde eu o vejo jogado no chão, com um pouco de sangue escorrendo em sua cabeça.
-Tinha certeza de que você iria vir. – ouço uma voz grossa e olho para o lado – Lindos olhos.
-Não mais que o seus. – falei sarcasticamente – Aliais, os meus não foram dados por um demônio, né?
-Calada. – ele disse.
Eu recuei, cautelosa, para o lado da cama, que era oposta da poltrona que se encontrava ao lado do armário, que era onde o amigo do Eric estava.
-Você realmente me irrita. – ele disse – Quando nos transportou, ele acabou batendo a cabeça... Mas ainda vive.
-Saia daqui. – olhei para ele e senti que meus olhos mudaram de cor, pois meu estado estava instável e como eu nunca tinha ficado assim, não achei possível, mas eu senti meus olhos mudando, apesar de não saber que cor – Agora!
-Eu saio, mas porque eu tenho que fazer algumas coisas...
Fui a ele tão rápido quanto achei que podia e o segurei pela gola de sua camiseta.
-NÃO SE ATREVA A... – um murro é dado no meu estômago e eu arfo.
-Você não me ameace. Você não é mais que uma...
Coloco a arma na sua testa tão rápido como pude e seguro firme. Não sou chegada em armas, mas quando necessário...
-Não sou mais que uma garota, com uma arma na sua testa, e que pode te matar a qualquer momento. – eu disse.
-Não... – ouço o Eric, mas me esforço para ignorá-lo.
-Eu sei manejar uma espada, sei também, muito bem como atirar em você... – falei – Com certeza, eu iria acertar, não tem como errar.
-Não. – dessa vez a voz do Eric saiu um pouco mais firme, mas ainda fraca – Não faça isso.
-Ele te...
-Eu sei... – ele me cortou.
Dei um soco forte no seu rosto, o fazendo desmaiar e vi sangue escorrendo do seu nariz quando caiu no chão.
Voltei minha atenção ao Eric. Ele estava ainda de olhos fechado, mas vi que gemia baixo.
-Se acalme. – falei – Está tudo bem.
Guardei minha arma e fui até o banheiro dele que ficava no seu quarto. Peguei a toalha que se encontrava lá, e molhei na pia, com um pouco de água. Voltei para o quarto e ligue a luz.
Ele se encontrava ao lado da sua cama, deitado de costas agora e sem me importar com o amigo dele, fui até ele e limpei seu rosto que se encontrava com sangue que escorreu da parte de trás da sua cabeça. Limpei todo o rastro de sangue e fui para onde se encontrava o corte em sua cabeça. Olhei, colocando o cabelo de lado e vi que era fundo.
-Eu vou tentar uma coisa Eric. – falei e ouvi ele gemer, como uma pergunta – Eu vou... Tentar te curar e fechar seu corte, com mágica pura, vindo apenas de mim. Eu nunca fiz isso, só minha mãe, que eu saiba fez... A não. Tem mais uma, mas realmente não me lembro o nome dela... – falei.
Coloquei minha mão sobre sua cabeça, e fiz que nem minha mãe me ensinou. Senti a minha magia pelo meu corpo e canalizei-a na minha mão e senti ela fluir de mim, para ele. Lembrei a mim mesma, de passar apenas a magia que me ajuda a curar meu corpo, que era a parte mais pura dela. Comecei a me sentir fraca, débil. Fechei meus olhos, me forçando a continuar. A magia saiu muito mais rápido do que achei possível.
Cai no chão, ao lado dele, desmaiada.
-Pandora... – ouça a voz preocupada do Eric, antes de fechar os olhos contente, pois sabia que tinha curado ele.
Igual minha mãe, igual a minha avó.
***

continua ")